Israel vuelve a ocupar Gaza. – PALESTINA DE LOS ABISMOS
PELO POVO PALESTINO
Elaine Tavares*
Eu pergunto quem nesse mundo que, tocado pela máquina estadunidense de ideologia, já não verteu milhares de lágrimas ao presenciar, no cinema, o drama dos judeus durante o governo de Hitler, na Alemanha? Quem não se comoveu com a Lista de Schlinder, com o A Vida é Bela e tantos outros filmes sobre o holocausto e o extermínio de uma gente cujo único crime era ter nascido sob a bênção da estrela de Davi? Ninguém passa impune por essa dor. E quem vê as imagens no cinema não pode evitar a perplexidade: como, naqueles dias, ninguém fez nada enquanto aquilo acontecia?
Pois agora aí está, o mesmo velho drama se repetindo. Desta vez com os palestinos. E o que é pior. Quem promove o massacre é o governo de Israel. É fato que existem muitos judeus contrários a essa política e é fato que esta é uma política do estado israelense e não do seu povo. Mas a pergunta que não cala é: como permitem os judeus que seu governo siga fazendo o que faz? Quando se levantarão contra o crime? Quando seguirão as palavras da Torá, do velho deus de Abraão que, por certo, não aprovaria um massacre como esse que vimos todos os dias nas cidades palestinas. Que deus impiedoso é esse que permite que seres sejam mortos pelo simples fato de serem palestinos? Nada mais…
Nunca é demais lembrar que o estado de Israel nasceu à força, sob a proteção dos Estados Unidos logo depois da segunda guerra. Diziam que tinham direito ao seu território original. Que eu saiba nunca negou que os judeus pudessem voltar para sua terra ancestral. O que se questionou desde sempre foi o fato de que ali já havia um povo e uma nação. O pensador egípcio Samir Amin lembra bem o fato de que se fosse um outro povo qualquer que buscasse voltar às suas terras originárias ? o povo africano por exemplo, levado à força para as Américas ? haveria quem aprovasse isso? Ainda mais se os africanos que quisessem voltar fossem apenas o de uma determinada religião? Isso não seria visto como um tremendo absurdo? Ou então, se todos os católicos do mundo reivindicassem a ocupação da Itália para lá fazer seu estado, seriam aceito pelo mundo?
As gentes da palestina por certo não veriam problema em acolher os judeus que quisessem viver ali, em harmonia, construindo um governo de paz. O que nunca aceitaram foi a violência, a invasão, a destruição e a sua própria diáspora. Naqueles dias de 1948 milhares de palestinos tiveram de fugir para a Jordânia e dali para outras tantas partes do mundo por conta da invasão. Por que a diáspora palestina é menos injusta que a dos judeus? Quem instituiu isso?
Agora, estamos de novo diante de mais e mais barbáries contra o povo palestino. E é bom lembrar que estas pessoas já foram obrigadas a abandonar seu território, já tiverem milhares de filhos mortos, têm um muro vergonhoso que lhes rouba a liberdade de caminhar pela sua própria terra, de visitar os parentes. Pois para Israel não basta. Ao que parece, o governo sionista quer exterminar até o último palestino. E o mundo está quieto. E o mundo deixa que isso ocorra sem um grito de basta!! O que esperam as gentes? Que passem os anos e que a máquina do cinema nos mostre as imagens de ficção para que todos possam verter lágrimas de dor?
Pois a dor das gentes palestinas é real agora. As imagens da Palestina são reais. Casas bombardeadas, crianças mortas pelo chão, jovens estraçalhados, a vida se extinguindo. E nenhum crime cometeram. Apenas existem ali, num lugar que o governo de Israel judeu quer para si. Resistem com desespero. São chamados terroristas. Mas, afinal quem é que promove o terror? O que é o terror? Não seria o contrário? Terrorista é o governo de Israel, que usa tanques contra velhos. Que usa fuzis contra crianças, que humilha homens de bem, que aprisiona a vida das gentes em sua própria casa?
Então, o que podem fazer as gentes diante desse terror? Por todos os cantos de «nuestra América» travam-se batalhas contra as injustiças, contra os acordos predadores que o império impõe, contra a discriminação. Penso que é hora de todo esse povo em luta incluir entre as suas bandeiras o fim do massacre contra o povo palestino. Ninguém pode mais se omitir. Se todo o planeta se levantar, quem sabe as coisas não mudam? E, ainda assim, se não mudarem, pelo menos aquela gente que vive sob as bombas de Israel vai saber que o mundo se importa, que eles não estão sós. É hora de as gentes saírem às ruas! Contra o governo de Israel, a favor do povo palestino.
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* Jornalista no OLA
O OLA é um projeto de observação e análise sobre as lutas populares na América Latina. (www.ola.cse.ufsc.br
PARAR EL HOLOCAUSTO PALESTINO
COMO SE DETUVO EL HOLOCAUSTO JUDÍO
Jorge Gómez Barata*
Sesenta años atrás la humanidad se horrorizó ante el holocausto del pueblo judío que nuevamente se involucra en un sanguinario episodio. Esta vez en Palestina y no como víctima.
Concluida la Segunda Guerra Mundial, las potencias vencedoras todas, excepto Estados Unidos de pésimos antecedentes antisemitas, con sospechosa generosidad, endosaron la decisión británica de crear un Estado judío en Palestina. La recién creada Organización de Naciones Unidas fue el instrumento.
Al adoptar esta decisión, la ONU respondió a una consigna lanzada en 1896 por Theodor Herzl, acerca de la necesidad de crear un Estado propio que pusiera a los judíos a salvo de la discriminación de la que eran objeto en toda Europa, hecho que explica, tanto la acogida por los socialistas, como la indiferencia de los gobernantes europeos y de los judíos acaudalados.
Ese enfoque comenzó a cambiar un año después cuando se creó la Organización Sionista Mundial, que endosó la propuesta. Entonces, una quimera.
Ni en sus más dulces sueños, los judíos europeos podían suponer una generosidad como la que después manifestaron los gobernantes europeos, al imponer el insólito acuerdo de tomar un territorio habitado por personas de origen árabe y de otras muchas culturas, partirlo como un pastel para obsequiar con la mejor porción a personas nacidas en Europa y que nunca habían estado en Palestina.
La decisión y la forma en que fue ejecutada por Gran Bretaña y la Agencia Judía, no podían dejar de provocar la reacción de los habitantes y los gobiernos árabes de la zona.
El pueblo palestino, entonces carente de una dirección apropiada, no creó su Estado, aunque tampoco pudo impedir que lo hicieran los judíos. En lugar de dos Estados, sólo se creó Israel, que derrotó a los ejércitos árabes y expulsó a los palestinos de sus tierras.
El resto de la historia se relaciona con el martirio de los refugiados y con la lucha heroica de los que no pudieron escapar o decidieron permanecer y luchar por el país en que ellos y sus antepasados nacieron.
Las demandas del pueblo palestino no tienen carácter religioso ni antisemita y tampoco se remiten a remembranzas bíblicas. Se trata de una lucha de liberación nacional que aspira a recuperar las tierras que le fueron asignadas en una decisión, aunque injusta, virtual y construir en ellas su Estado.
Los palestinos admiten el derecho de Israel a existir, lo que no incluye una licencia para matar, ni para impedir que se cumpla lo dispuesto por la ONU.
Es cierto que nunca antes una comunidad humana fue tan maltratada como los judíos durante el holocausto, como también lo es que jamás un pueblo fue tratado con tanta generosidad como lo hizo la ONU con los hebreos, al punto de partir en dos territorios, que constituían una unidad histórica, para construirles un Estado.
El mundo fue consecuente con Israel, que debe saldar su deuda.
El escenario de la tragedia no puede ser más horripilante: los palestinos no pueden detener a Israel y las potencias del Consejo de Seguridad no quieren, los países árabes pro occidentales están excesivamente comprometidos y los otros, son muy pocos y están absorbidos por sus propios problemas.
En materia de responsabilidades históricas, fue la ONU quien adoptó la decisión de dividir Palestina, generatriz del actual conflicto cuya esencia es que sus acuerdos de entonces son ignorados por Israel.
A la ONU y a nadie más corresponde avanzar en la solución del problema.
Es cierto que la ONU, con un Secretario General que parece una sombra, más que un líder mundial, es una nulidad, no obstante es el único instrumento y si ayer formó parte de la solución al drama judío, hoy forma parte de la tragedia palestina.
No hay alternativas. La ONU, o lo que queda de ella, debe ser movilizada por la actividad y la demanda de los países del Tercer Mundo, por la dinamización de la opinión pública mundial, la influencia de las organizaciones internacionales, a quien corresponde detener la mano de la ultrareaccionaria camarilla israelí y poner fin a la matanza en Palestina.
No se trata de los judíos, la mayoría de los cuales ni siquiera viven en Israel.
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* Profesor universitario, investigador y periodista cubano.