Esclavitud sexual: números, origen, destino del tráfico de personas en Europa
Tatiana Félix.*
O relatório Tráfico de Pessoas para a Europa para fins de Exploração Sexual, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). / Informe respecto del tráfico de personas a Europa con fines de explotadciòn sexual diviçulgado por la Oficina de las Naciones Unidas sobre drogas y crimen.
En portugués y castellano.
Só na Europa existem cerca de 140.000 mulheres vítimas do tráfico humano que servem àqueles que procuram o mercado da exploração sexual. Por ano também são feitas 70.000 novas vítimas do crime organizado para exploração sexual.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que estas 140 mil mulheres traficadas, em condições de servidão, façam, juntas, cerca de 50 milhões de programas sexuais por ano, a um valor médio de 50 euros cada. No total, isso representa um lucro anual que atinge 2,5 bilhões euros.
Os dados se referem apenas à Europa Ocidental e mostram que a maior parte das pessoas traficadas vem de regiões vizinhas, como os Bálcãs (32%) e países da antiga União Soviética (19%). A América do Sul aparece em terceiro lugar de origem das vítimas, com representatividade de 13%. Segundo o relatório, é cada vez mais crescente o número de brasileiras traficadas. Em seguida, aparece a Europa Central com 7%, África, com 5% e Leste Asiático com 3%.
De modo geral, o estudo aponta a Espanha como o principal país de destino das vítimas, seguida por Portugal, Holanda e Alemanha. Entretanto, o relatório detalhou que as brasileiras e paraguaias, entre as vítimas sul-americanas, são destinadas, principalmente, para Espanha, Itália, Portugal, França, Holanda, Alemanha, Áustria e Suíça. Os dados revelam uma mudança nos últimos anos, pelo menos na Espanha, já que antes de 2003, eram as colombianas, a maioria das vítimas no país.
A estimativa de mulheres traficadas na Europa foi levantada pela ONU com base no número de 7.300 vítimas detectadas na Europa Ocidental em 2006. De acordo com a Organização, 1 em cada 20 vítimas seria detectada, chegando, então, ao total de 140 mil mulheres. O relatório indica que as novas 70 mil vítimas anuais, expressam a rotatividade e o movimento do tráfico de pessoas, e explica que elas substituem aquelas que conseguiram se livrar do crime organizado, abandonando sua antiga condição ou, ainda tenham se transformado em novas aliciadoras.
Tráfico em Portugal
Já o Relatório Anual de 2009 do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, do Ministério da Administração Interior de Portugal, revelou que 40% das mulheres vítimas do tráfico humano em Portugal são brasileiras. Baseado em 85 casos identificados em 2009, o estudo apontou que a maioria dessas mulheres originárias dos estados de Goiás, Minas Gerais e dos estados do Nordeste.
Para o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal, Manuel Jarmela Paulus, o alto índice de brasileiras entre as vítimas está relacionado apenas ao número expressivo da comunidade brasileira em Portugal – com 100 mil pessoas, ou seja, mais de 20% do total de imigrantes no país. Segundo ele, o Serviço de Estrangeiros está trabalhando em parceria com autoridades brasileiras para combater o tráfico de seres humanos nos dois países.
O relatório de Segurança Interna português também especificou algumas características sobre os traficantes e aliciadores. Geralmente são de nacionalidade portuguesa, romena, brasileira, ucraniana e eslovaca, e para conquistar a vítima, oferecem propostas de trabalho com falsos benefícios.
Tráfico de Personas en Europa
Sólo en Europa existen cerca de 140.000 mujeres víctimas del tráfico humano que sirven a aquellos que buscan el mercado de la explotación sexual. Por año, se agregan 70.000 nuevas víctimas del crimen organizado para la explotación sexual.
La Organización de las Naciones Unidas (ONU) estimó que estas 140 mil mujeres traficadas, en condiciones de servidumbre, realizan juntas alrededor de 50 millones de contrataciones sexuales por año, a un valor medio de 50 euros cada una. En total, eso representa un lucro anual que alcanza los 2.500 millones euros.
Los datos se refieren sólo a Europa Occidental y muestran que la mayor parte de las personas traficadas vienen de regiones vecinas, como los Balcanes (32%) y países de la antigua Unión Soviética (19%). América del Sur aparece en tercer lugar como país de origen de las víctimas, con una representatividad del 13%. Según el informe, es cada vez más creciente el número de brasileras traficadas. En seguida aparece Europa Central con el 7%, África con el 5% y el Este Asiático con el 3%.
De modo general, el estudio señala a España como el principal país de destino de las víctimas, seguida por Portugal, Holanda y Alemania. Mientras tanto, el informe detalló que las brasileras y paraguayas, entre las víctimas sudamericanas, son destinadas principalmente a España, Italia, Portugal, Francia, Holanda, Alemania, Austria y Suiza. Los datos revelan un cambio en los últimos años, por lo menos en España, ya que antes del 2003, eran colombianas la mayoría de las víctimas en ese país.
La estimación de mujeres traficadas en Europa fue relevada por la ONU teniendo como base el número de 7.300 víctimas detectadas en Europa Occidental en 2006. De acuerdo con la Organización, 1 de cada 20 víctimas estaría siendo detectada, llegando entonces, a un total de 140 mil mujeres. El informe indica que las nuevas 70 mil víctimas anuales, expresan la rotatividad y el movimiento del tráfico de personas, y explica que ellas substituyen a aquellas que lograron librarse del crimen organizado, abandonando su antigua condición o, que se hayan transformado en nuevas embaucadoras.
Tráfico en Portugal
El Informe Anual de 2009 del Observatorio del Tráfico de Seres Humanos, del Ministerio de la Administración Interior de Portugal, reveló que el 40% de las mujeres víctimas del tráfico humano en Portugal son brasileras. Basado en 85 casos identificados en 2009, el estudio señaló que la mayoría de esas mujeres son originarias de los estados de Goiás, Minas Gerais y de los estados del Nordeste.
Para el director del Servicio de Extranjeros y Fronteras de Portugal, Manuel Jarmela Paulus, el alto índice de brasileras entre las víctimas está relacionado con el alto número de personas de la comunidad brasilera en Portugal – con 100 mil personas, o sea, más del 20% del total de inmigrantes en el país. Según él, el Servicio de Extranjeros está trabajando en cooperación con autoridades brasileras para combatir el tráfico de seres humanos en los dos países.
El informe de Seguridad Interna portugués también especificó algunas características sobre los traficantes y embaucadores. Generalmente son de nacionalidad portuguesa, rumana, brasilera, ucraniana y eslovaca, y para conquistar a la víctima, ofrecen propuestas de trabajo con falsos beneficios.
* Jornalista da Adital / Periodista de Adital
www.adital.com.br
Traducción al castellano: Daniel Barrantes.