2260 lecturas
Nov
4
2012
Cultura
Carlos Grassioli

O dia começava envolto por uma espessa neblina, e numa pequena passagem para pedestre, sob um elevado —quem diria, tão cedo!— uma florista de origem cigana, que sugeriu como cor um “vermelho paixão”.
Com mapa e rosa na mão, e seguindo a orientação do recepcionista do hotel, lá fui eu honrar o encontro marcado.
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Ago
18
2012
Sociedad
Carlos Grassioli

Um pequeno povoado.
Um desalento só!
Uma única rua, esburacada, como uma fenda ou ferida aberta entre as pequenas e poucas casas de alvenaria ou de pau a pique, sem pintura, quase coladas umas às outras.
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Jul
24
2012
Sociedad
Carlos Grassioli

Era uma manhã ensolarada de domingo, do mês de abril deste ano. Eu estava lá, caminhando de Santa Cecília, em direção a Campos Elíseos e ao cruzar em baixo do viaduto do Minhocão, deparei-me com um quadro, diria, digno de um “mundo cão”: um número expressivo de tão desumanizados seres. Muitos! Uns dormindo ainda, outros acordando, embaixo daquele imenso e sombrio viaduto.
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Jun
4
2012
Cultura
Carlos Grassioli

“Dir-se-ia ainda um destes estranhos vestidos de bailarina, em que a gaze transparente e escura deixa entrever os esplendores amortecidos de uma saia deslumbrante, como sob o negro presente transpassa o delicioso passado: e as estrelas vacilantes de ouro e prata, com que ela foi polvilhada, representam estes fogos da fantasia que só acendem bem sob o luto profundo da noite.”
(Baudelaire)
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May
12
2012
Humor • Sociedad
Carlos Grassioli

Num fim de semana desses, o suplemento central de um jornal de grande circulação “anunciava” e abria espaço pra uma grande matéria sobre uma “novidade”: a opção pela castidade ou virgindade, pelo casamento, etc., etc. por um expressiva fatia da população jovem...”. Novos valores.Por isso decidi, neste “mês das noivas”, dar o meu pitaco.
Ler o que eu escrevo é absolutamente dispensável.
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Abr
11
2012
Cultura
Carlos Grassioli

A lembrança daquela minúscula pintura no fundo de latinha de refrigerante, e do mar de poesia que ela continha, não só me salvou de mim mesmo, do meu próprio naufrágio, como me permitiu ir mais longe: entrar no barco, segurar o leme e salvar aquela imensa nave do seu iminente naufrágio.
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Mar
2
2012
Cultura • Opinión
Carlos Grassioli

A falta de respeito e de educação, esse mal maior e crônico, é quase absoluta! A poluição visual e sonora é a perder de vista; e narciso, então, é o deus da vez... ou do verão. Ou dos tempos modernos! O outro, o próximo, o pedestre, o vizinho, que se escafeda, que se exploda... “Não tô nem aí” é a palavra de (des)ordem.